Das partidas que disputou no Mundial, é esta a preferida de Horácio Neto, jogada contra o GM alemão Horst Broß.
Curiosamente, se, na partida com o turco, Neto fez prevalecer a força da Dama contra material equivalente, desta vez demonstra que três peças menores bem coordenadas são mais fortes que a Dama das negras.
A decisão de trocar a Dama por três peças não era fácil de tomar, pois, embora aprovada pela "teoria" e jogada na maior parte das partidas conhecidas, ela foi evitada por nem mais nem menos do que o ex-Campeão do Mundo Viswanathan Anand, o que não é coisa de somenos importância. Ora, vista a forma como as peças brancas, de forma lenta mas segura, dominaram o tabuleiro na partida que nos ocupa, fica a dúvida do porquê de Anand ter recuado. Medo de uma melhoria na manga do adversário, o também fortíssimo GM Nepomniachtchi? E este? Tê-la-ia preparada, a inovação, ou fez bluff?
Comentar uma partida de xadrez por Correspondência é particularmente difícil para quem não a jogou. Ao contrário do que sucede quando se analisa uma partida jogada em torneio "normal", não temos mais tempo para pensar do que os intervenientes; estes também podem mover as peças no tabuleiro; recorrer à ajuda do computador também não nos dá vantagem, já que quem jogou pôde igualmente fazê-lo e quase com certeza por muito mais tempo e com muito mais cuidado. Por isso, se nos entregam a partida sem comentários dos próprios, é natural que 1) se fuja a variantes concretas, 2) se façam interpretações erradas ou 3) se digam disparates pura e simplesmente. Leiam, portanto, as minhas notas com espírito crítico para duvidar e com benevolência para com os possíveis erros.
Num dos próximos dias vamos ver uma partida do nosso outro GM em prova, Francisco Pessoa, que conseguiu o não menos brilhante 5º lugar.
Curiosamente, se, na partida com o turco, Neto fez prevalecer a força da Dama contra material equivalente, desta vez demonstra que três peças menores bem coordenadas são mais fortes que a Dama das negras.
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A decisão de trocar a Dama por três peças não era fácil de tomar, pois, embora aprovada pela "teoria" e jogada na maior parte das partidas conhecidas, ela foi evitada por nem mais nem menos do que o ex-Campeão do Mundo Viswanathan Anand, o que não é coisa de somenos importância. Ora, vista a forma como as peças brancas, de forma lenta mas segura, dominaram o tabuleiro na partida que nos ocupa, fica a dúvida do porquê de Anand ter recuado. Medo de uma melhoria na manga do adversário, o também fortíssimo GM Nepomniachtchi? E este? Tê-la-ia preparada, a inovação, ou fez bluff?
Comentar uma partida de xadrez por Correspondência é particularmente difícil para quem não a jogou. Ao contrário do que sucede quando se analisa uma partida jogada em torneio "normal", não temos mais tempo para pensar do que os intervenientes; estes também podem mover as peças no tabuleiro; recorrer à ajuda do computador também não nos dá vantagem, já que quem jogou pôde igualmente fazê-lo e quase com certeza por muito mais tempo e com muito mais cuidado. Por isso, se nos entregam a partida sem comentários dos próprios, é natural que 1) se fuja a variantes concretas, 2) se façam interpretações erradas ou 3) se digam disparates pura e simplesmente. Leiam, portanto, as minhas notas com espírito crítico para duvidar e com benevolência para com os possíveis erros.
Num dos próximos dias vamos ver uma partida do nosso outro GM em prova, Francisco Pessoa, que conseguiu o não menos brilhante 5º lugar.
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